Saiu o relatório conclusivo sobre a presença da PM no campus da UFMG no episódio do IGC.
Espera-se agora que o tão clamado bom-senso por parte da Reitoria seja utilizado não apenas para apurar a veracidade dos fatos mas também para apurar as responsabilidades e, evidentemente, estabelecer as punições cabíveis.
Ou será que montou-se todo um arsenal político e uma comissão de sindicância apenas pra comprovar o fato de que realmente houve erro em convocar a PM? Ora! Isso já sabíamos, não é?! O que esperamos é, no mínimo, um processo administrativo.
Se as autoridades da UFMG se omitem e se eximem de aplicar as punições, sugiro que aqueles que se sentiram de alguma forma prejudicados pela atuação policial, busquem seus direitos fora do âmbito universitário, abrindo inquérito na ouvidoria de polícia e processando judicialmente a pessoa física da diretora do IGC, considerada, segundo o relatório divulgado hoje, a única responsável pela presença da PM no IGC.
A justificativa de esquecimento é muito cômoda para quem quer de fato esquecer. Entretanto equívocos graves como este têm consequências com as quais é preciso arcar.
A Profa. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin, diretora do Instituto de Geociências da UFMG, em resposta ao relatório do Conselho Universitário, por meio de ofício, reclama o fato de a Comissão apenas ter apontado uma pessoa não responsável (a vice-reitora) e uma responsável (no caso ela própria) pelos acontecimentos do dia 03, e não ter apurado as razões e como o fato aconteceu.
Bem, será preciso? O "como" já foi esgarçadamente discutido e, não fosse o fato tão controverso e com tantas distorcidas versões, poder-se-ia dizer ser um assunto suficientemente esgotado.
Quanto às causas, só a própria diretora é quem pode dizer a respeito, e o faz no referido ofício, justificando a proibição da exibição do filme "Grass Maconha" e a consequente convocação da PM para fazer valer sua decisão, através da máxima jurídica: "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato".
Ora! Se for pra falar de direitos... quem tem o direito de usar força militar, armas e ameaças, para coibir, proibir e punir ações estudantis? Quem tem direito de mentir, omitir ou apenas "esquecer" de seus atos para não ter que responder por eles? E a pergunta que não quer calar: Quem tem o direito de proibir??????????????
Mas as pérolas não param por aí... A prof. Cristina argumenta ainda que "Todos têm que se responsabilizar pelos seus atos". Que tal ela, em vez de criticar a ação da Comissão (que diga-se de passagem, agiu de forma indubitavelmente neutra e objetiva a fim de apurar as responsabilidades e a realidade dos fatos ocorridos no dia 03/04/2008 no IGC da UFMG) começe a pensar em responsabilizar-se pelo seu ato inconsequente, autoritário e violento de PROIBIR a simples exibição de um vídeo com sessão comentada aberta a quem quisesse participar? Isso sim é complementação pedagógica: abertura ao diálogo, à discussão, à conversa, ao livre pensamento e à livre expressão.
Cristina diz que a ação violenta deve ser repudiada não só na Universidade, como em qualquer outra circunstância por nossa sociedade. Mas vale lembrar que, como ela mesma salienta, "a violência tem várias faces. Ela não aparece tão somente com as ações da Polícia".
Sim, a violência tem várias faces, e a atitude proibitiva é uma delas. Proibir é fechar-se para qualquer possibilidade de diálogo. Proibir a exibição do filme bem como "a possível ação no local de pessoas não pertencentes ao Instituto" também é contra os direitos! O IGC, como pertencente à UFMG, é público, é mantido com verba pública, com funcionários públicos e é destinado ao público, seja este público pertencente à comunidade universitária ou não!!!
Não teria sido melhor, em vez de proibir, sugerir aos promotores da exibição do filme que assinassem os cartazes, fazendo até mesmo, quem sabe, uma divulgação oficial via site da UFMG? (E olhe que se não me engano os cartazes eram assinados em nome de um movimento...)
Essa insistência em garantir a não vedação do anonimato nos faz parecer que há algum interesse - no mínimo exagerado e por isso mesmo estranho - em querer saber quem exibiria o filme. Talvez para uma retaliação posterior? Ou será que o intuito da diretoria do IGC era gratificar os responsáveis pela elogiável iniciativa de sucitar a discussão e o debate acerca de tema tão importante e, não espantosamente, vedado ou omitido dentro do âmbito acadêmico?
Ainda em tempo: esperamos que a apuração das responsabilidades não se limite a apontar culpados, mas que se encarregue também de puní-los! A omissão também é uma forma de conivência...
muito legal o blog. quero indicar um outro blog muito bom tambem,com textos sobre temas bem interessantes:http://www.afavordacontracorrente.blogspot.com entrem la, leiam e comentem. vale a pena.
5 comentários:
Saiu o relatório conclusivo sobre a presença da PM no campus da UFMG no episódio do IGC.
Espera-se agora que o tão clamado bom-senso por parte da Reitoria seja utilizado não apenas para apurar a veracidade dos fatos mas também para apurar as responsabilidades e, evidentemente, estabelecer as punições cabíveis.
Ou será que montou-se todo um arsenal político e uma comissão de sindicância apenas pra comprovar o fato de que realmente houve erro em convocar a PM? Ora! Isso já sabíamos, não é?! O que esperamos é, no mínimo, um processo administrativo.
Se as autoridades da UFMG se omitem e se eximem de aplicar as punições, sugiro que aqueles que se sentiram de alguma forma prejudicados pela atuação policial, busquem seus direitos fora do âmbito universitário, abrindo inquérito na ouvidoria de polícia e processando judicialmente a pessoa física da diretora do IGC, considerada, segundo o relatório divulgado hoje, a única responsável pela presença da PM no IGC.
A justificativa de esquecimento é muito cômoda para quem quer de fato esquecer. Entretanto equívocos graves como este têm consequências com as quais é preciso arcar.
A omissão também é uma forma de conivência!
A Profa. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin, diretora do Instituto de Geociências da UFMG, em resposta ao relatório do Conselho Universitário, por meio de ofício, reclama o fato de a Comissão apenas ter apontado uma pessoa não responsável (a vice-reitora) e uma responsável (no caso ela própria) pelos acontecimentos do dia 03, e não ter apurado as razões e como o fato aconteceu.
Bem, será preciso? O "como" já foi esgarçadamente discutido e, não fosse o fato tão controverso e com tantas distorcidas versões, poder-se-ia dizer ser um assunto suficientemente esgotado.
Quanto às causas, só a própria diretora é quem pode dizer a respeito, e o faz no referido ofício, justificando a proibição da exibição do filme "Grass Maconha" e a consequente convocação da PM para fazer valer sua decisão, através da máxima jurídica: "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato".
Ora! Se for pra falar de direitos... quem tem o direito de usar força militar, armas e ameaças, para coibir, proibir e punir ações estudantis? Quem tem direito de mentir, omitir ou apenas "esquecer" de seus atos para não ter que responder por eles? E a pergunta que não quer calar: Quem tem o direito de proibir??????????????
Mas as pérolas não param por aí... A prof. Cristina argumenta ainda que "Todos têm que se responsabilizar pelos seus atos". Que tal ela, em vez de criticar a ação da Comissão (que diga-se de passagem, agiu de forma indubitavelmente neutra e objetiva a fim de apurar as responsabilidades e a realidade dos fatos ocorridos no dia 03/04/2008 no IGC da UFMG) começe a pensar em responsabilizar-se pelo seu ato inconsequente, autoritário e violento de PROIBIR a simples exibição de um vídeo com sessão comentada aberta a quem quisesse participar? Isso sim é complementação pedagógica: abertura ao diálogo, à discussão, à conversa, ao livre pensamento e à livre expressão.
Cristina diz que a ação violenta deve ser repudiada não só na Universidade, como em qualquer outra circunstância por nossa sociedade. Mas vale lembrar que, como ela mesma salienta, "a violência tem várias faces. Ela não aparece tão somente com as ações da Polícia".
Sim, a violência tem várias faces, e a atitude proibitiva é uma delas. Proibir é fechar-se para qualquer possibilidade de diálogo. Proibir a exibição do filme bem como "a possível ação no local de pessoas não pertencentes ao Instituto" também é contra os direitos! O IGC, como pertencente à UFMG, é público, é mantido com verba pública, com funcionários públicos e é destinado ao público, seja este público pertencente à comunidade universitária ou não!!!
Não teria sido melhor, em vez de proibir, sugerir aos promotores da exibição do filme que assinassem os cartazes, fazendo até mesmo, quem sabe, uma divulgação oficial via site da UFMG? (E olhe que se não me engano os cartazes eram assinados em nome de um movimento...)
Essa insistência em garantir a não vedação do anonimato nos faz parecer que há algum interesse - no mínimo exagerado e por isso mesmo estranho - em querer saber quem exibiria o filme. Talvez para uma retaliação posterior? Ou será que o intuito da diretoria do IGC era gratificar os responsáveis pela elogiável iniciativa de sucitar a discussão e o debate acerca de tema tão importante e, não espantosamente, vedado ou omitido dentro do âmbito acadêmico?
Ainda em tempo: esperamos que a apuração das responsabilidades não se limite a apontar culpados, mas que se encarregue também de puní-los! A omissão também é uma forma de conivência...
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